Prelúdio de um sonho.

5 de julho de 2012.

3 sonhadores leram o meu diário
Distância, algo que incomoda muita gente, inclusive eu. Não compreendo como a vida pode deixar que anjos morem tão longe de nós. Pessoas tão especiais para nós, faríamos qualquer coisa para tê-los perto de nós, a toda hora a todo o segundo. […] Mas a distância impede que amores aconteçam, que amizades sejam ainda mais verdadeiras, […] Espero que algum dia essa distância de vocês, anjos que estão na tela do meu computador, acabe e se transforme em abraços longos e apertados. Quero poder sentir as pessoas que realmente amo perto de mim, pessoas que são iguais a mim que compreendem o que eu sinto e o que eu faço. […] Enquanto a hora de nos encontrarmos não chega, vamos nos amando por uma tela de computador, nos abraçando virtualmente, deixando pessoas mais felizes com simples palavras que podem ter muito sentido na vida de alguém. Ame as pessoas mesmo estando longe de você, pois a distância pode separar duas pessoas mas nunca dois corações que se amam verdadeiramente.

Não há nada que eu queira mais do que voltar pra você.

3 sonhadores leram o meu diário

Tudo pode acontecer em seis meses. Mas nada que aconteça será o bastante para que eu o esqueça, disso tenha certeza.
Eu nunca achei que poderia me apaixonar tanto, em tão pouco tempo. Desde o dia em que te vi, vindo em minha direção, naquela praça. Enquanto todos conversavam, você ficava quieto, em seu canto. E mesmo assim, eu já estava me apaixonando.
Será amor a primeira vista, ou algo do tipo? Do nada nós começamos a conversar, e parecíamos nos conhecer a muitos anos. Você era mais velho, e eu morava a mais de três mil quilômetros de você.
Mas quer saber? Nenhuma distância, por maior que fosse, diminuiria o que estou sentindo agora. Eu voltei, como prometido, e lá estava você, me esperando. Naquele abraço eu senti algo tão intenso, que não há como explicar.
Conversávamos, ríamos... nunca fui tão feliz. Você me abraçava, você me protegia do frio, você fazia com que eu te amasse ainda mais. Você compôs uma música só para mim, você se declarou finalmente.
E naquela noite, eu estava enrolada em um cobertor, te vendo na webcam. Até que você disse: ''Já volto.'' Minutos se passaram, e nada de voltar. A campainha toca.
Abro a porta, e lá estava você, encostado na parede, com sua jaqueta de couro e cabelo bagunçado. Seus olhos azuis, seu sorriso perfeito. Eu abaixei a cabeça e percebi que estava sorrindo.
Fomos para fora da casa. Estava frio, e você segurou na minha mão. Olhou para mim e começou a rir. ''O que foi?'' -perguntei. ''Sabe, pequena, muita coisa aconteceu nos últimos meses. E bem, preciso te contar algo. Eu... eu te amo.''
Eu corei. Eu sempre quis ouvir aquelas palavras vindas de você. Nós rimos. Você me puxou pela cintura e me beijou. Calor, medo, frio. Sua respiração, sua mão na minha cintura, seu abraço, seu beijo, o gosto de sua boca, você. Era tudo perfeito.
Depois de vários minutos, eu comecei a ouvir assobios e palmas. Olhamos para o lado, e havia uma plateia nos rodeando. Eles gritavam: ''AÊ, FINALMENTE!'' E eu ainda estava com aquele sorriso bobo no rosto, me segurando em você.
Então, você se ajoelhou. Pegou em minha mão, e disse: ''Você... aceita... namorar comigo?'' ''Sim!'' Palmas, e mais palmas. Se levantou e me abraçou. Sussurrou em meus ouvidos: ''Pra sempre, pequena.'' e me beijou. Uma lembrança que eu irei guardar para o resto da vida.
E o dia da despedida chegou. Arrumei as malas e ouvi a campainha. Fui correndo abrir a porta, e te abracei como se nunca mais fosse vê-lo. Você olhou para mim, e limpou as lágrimas em meu rosto. ''Não chora, eu estou aqui.'' ''Eu vou embora.'' ''Mas você vai voltar, pequena, não chora.''
''Não quero ir embora.'' ''Não quero que você vá...'' Um último abraço, um último beijo. Eu iria voltar... mas meu coração doía como se eu fosse embora para sempre, como se eu fosse te perder. Entrei no carro, que começou a andar. Eu olhei para a janela, você ainda estava lá. ''PARE!'' -gritei. Abri a porta e saí correndo.
Te abracei de novo. ''Eu te amo.'' -falei, e o beijei. ''Eu também te amo.'' O abracei de novo, e voltei para o carro, dessa vez mais segura, mas ainda chorando.
E agora cá estou eu, sentada na poltrona desconfortável de um avião, olhando para uma tela que brilha, torcendo para que ninguém me veja chorar. Os últimos dias foram os melhores de toda a minha vida.
Isso porque eu os passei ao seu lado. Não há nada que eu queira mais do que voltar para você.


Baseado em fatos reais e em sonhos que eu tive.